sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Diante da Dor dos Outros - Susan Sontag



Susan Sontag nasceu em 1933, em Nova York, filha de um comerciante de peles - a mãe era alcoólatra e o pai morreu quando ela tinha 5 anos. Estudou nas universidades da Califórnia e de Chicago. Foi casada com o cientista social Philip Rieff. Em meados dos anos 60, divorciou-se e despontou, com enorme força, no meio intelectual nova-iorquino. Susan foi pioneira nos estudos da estética homossexual (Notes on Camp, 1964) e uma das primeiras vozes a constatar que a violência, vista e revista, torna-se banal (Sobre Fotografia). Rigorosa, definia a si mesma como uma ''fanática da seriedade''.

Ela defende a publicação de imagens de atrocidades, segundo suas palavras, 'para ampliar a consciência de quanto sofrimento causado pela crueldade humana existe no mundo'. Afastar-se das imagens e manter-se na ignorância, conclui, é prova de uma imaturidade moral e psicológica. Mas Susan também alerta para o fato de a multiplicação de imagens, por mais atrozes que sejam, tornar natural o choque aos olhos de quem as vê, criando demanda por materiais cada vez mais agressivos.
Nenhuma foto, escreve Susan, é imparcial. Há nela tanto de documento da realidade como de expressão pessoal. 'Ninguém tira a mesma foto da mesma coisa', escreveu. 'Fotos não são só registros, mas avaliações do mundo.
Não existe objetividade em fotografia. Para produzir sentido, uma foto depende tanto do repertório cultural de quem a registra como do de quem a vê. Um iraquiano e um americano, para citar a dicotomia atual, farão leituras diferentes da mesma imagem, na qual um dos lados é a vítima.

Por CLÉBER EDUARDO / Revista Época (Clique aqui para ler a matéria na íntegra)


Clique na foto para visitar o site da escritora Susan Sontag.
Clique no livro para saber mais sobre a publicação.


Galeria com a melhor foto do ano, pelos últimos 50 anos - World Press Photo

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