
“compra-se alma. Paga-se bem.”
Lia-se perfeitamente a frase num pequeno anúncio de jornal. Fausto achou a proposta interessante. como nunca foi crente ou poeta, sempre achou a própria alma algo de grande inutilidade. Fausto tinha uma alma como quem tem um par de meias vermelhas com bolinhas azuis, presente de alguma tia gorda e daltónica. guardava a alma na gaveta das cuecas e poucas vezes tivera motivos para a tirar de lá. mas agora havia um: dinheiro.
Desde que a proposta fosse boa, Fausto iria trocar a alma por uns cobres. poderia não ser o acto mais católico do mundo, mas Fausto não era católico, nem budista, nem protestante. a transação foi simples. a maquia era boa. bastou uma assinatura e o número do contribuinte. em minutos, Fausto era um homem desalmado.
Fausto nem perguntou o que iriam fazer da sua alma. era um assunto para ele pouco importante. saiu da loja com o bolso cheio notas e um grande sorriso estampado no rosto. Desde então Fausto prosperou...
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